domingo, 13 de janeiro de 2008

Pequenos Contos


Naquele momento eu vi.
O terror percorreu-me;
Foste devorada,
Engolida por massas.
Procurei inúmeras vezes por ti,
Mas tudo em vão
E apenas senti tristeza.
E as assassinas, nuvens de escuridão
Após o teu nascimento
Cobriram o teu corpo:
Triste e brilhante,
Belo quarto minguante.
E assim foi:
Todo o céu negro chorou,
A luz evaporou
E a cidade triste ficou.
Adeus lua, até amanhã
Cuida de ti, encandescente pagã.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Um Conto às Nuvens


Menina de Branco, és tu?
Por entre pensamentos
Pensei ouvir-te,
Passeando em memórias
Serpenteando por mistérios.
Sim, Menina de Branco
Quero lembrar-me:
Os risos, as brincadeiras
As tais confidências
Só a ti pronunciadas.
Ah, Menina de Branco
A minha mais profunda amiga;
Amizade que surge da alma,
Dos confins do meu ser.
Quantas vezes questiono,
Onde estarás?
Diz-me, não tenhas medo
A culpa foi minha, da minha infância?
Amei-te como irmã, como amiga
Delicioso amor de rapariga.
E, contudo crescemos
Mas eu nao queria!
Desejava a eternidade ao teu lado
A tua presença, o perfume adocicado
E aqueles imortais dias,
Suaves brisas de Fevereiro
Onde só tu e eu,
Nos deliciavamos uma à outra;
Os contos, o sol, o mar
A paixão de se inocente
.Porque fugiste de mim?
Juro que não foi por mal
Se soubesses o quanto peço,
De novo infantilidade, pureza
Tudo menos maturidade.
Sim, Menina de Branco
Perdoa-me a dor, os dias de escuridão
Mas por ti, não irei chorar
Só quero o sentimento de união.
Menina de Branco,
Eras tão bonita:
De lábios cheios e rosados,
Pele branca e suave;
Ah, o teu cabelo cor de fogo
Incendiava-me por dentro
E quando sorrias,
As tuas sardas eram o céu estrelado.
Tudo em ti grita perfeição
Tal descrita em imaginação.
E o teu olhar ao cair em mim,
Dois botões de verde claro
Faziam-me voar para longe.
Queria voltar a ver-te
Menia de Branco,
Confessar o meu amor
Pedir-te perdão.
E irás para sempre ser,
Um dia chuvoso de Fevereiro:
De frio suave e tépido calor,
Com nuvens desgarradas,
E de um sol sem pudor.
Menina de Branco, por favor
Desculpa ter crescido
Perdoa-me ter esquecido
Mas agora estou em paz;
A Menina de Branco que desapareceu
De grande imaginaçao,
Eras tu Peggy Sue
A menina do meu coração.

Sonata à Ópera


A minha mente,
Salta, salta sem parar
Para o teu lado ir quedar.

Já tentei,
Até gritei!
Mas para sempre quer ficar

Amor profundo em ti
De vontades incontroláveis
E assim escrevi,
Girando em pensamentos indomáveis.

És o esqueleto
O assombro de perfeição
E tocamos em dueto,
O esplendor da nossa paixão.