domingo, 23 de setembro de 2007

Poetas Loucos


Todos os dias somos máscaras
Impossibilidades de verdade
Tudo é o que não parece
Pois escondemo-nos da realidade
Podemos até querer, desejar
Mas apenas à Lua nos revelamos
Monstros vestidos de mentiras
Centauros de faces brilhantes
Pelo teatro conhecidos
Cativamos pela ilusão
E dela não desejamos realmente um fim
Encantados antes pela sua sedução
De braços cruzados ficamos
E pouco ou mais ousamos
Ouvimos histórias sem fim
E assim nunca nos revoltamos
Temos medo de nós próprios
De doces olhos implorantes
Pois por detrás de tal olhar
Encontra-se monstro uivante
Tal é a habituação
Que por anos a fio deixamos
A vida acaba por tornar conta de nós
E de normal a loucos ficamos
Damos graças à norma, à moral e ao tabu
Mas com eles comuns nos tornamos
Meros homens trovantes
De nenhunma glória importante
Tornamo-nos monstros do medo
Heróis de todos os dias
Fugimos de individualidade
A causa da nossa condenação
Eu digo que sou estranho,
E por isso não quero sofrer!
Eu afirmo que sou louco,
E por isso não quero falecer!
Tenho crenças por gritar
Quebrar muros de terror
Parar com o fingimento
Este governo absoluto
E com discurso político acabo
Este com o intuito de mudar o mundo
Promessa tal que nunca cumprirei
Por ser um contra tudo
Mas estes são meros apelos
Para uma coragem sobrenatural
Uma de tal proporções
Que do céu o inferno se elevará
Serei o autor de tais utopias
Governador de loucura
O Grostesco de todos os pesadelos
Aqueles por quem todos se arrepiam
Mata-me agora!
Neste momento de fraqueza
É a tua última oportunidade
Senão ganharei concerteza
Hoje a palavra é minha
E o sonho realidade
Agora sou livre
Imortal para toda a posterioridade!

9 comentários:

R disse...

Para se ser imortal para toda a posterioridade tem de se ser sincero no presente. E é difícil. É por isso que muitos nomes desaparecem, escapando-se das redes da memória.

Leonor disse...

Mas se palavras escreveram então dificilmente serão esquecidos. Pelo menos é a minha visão. Por alguém serão sempre lembrados

Expresso Oriente disse...

um poema fascinante.
despertou-me uma série de sentidos e de sentimentos.
por um lado dor. o lado da mentira, das máscaras usadas por tds no dia-a-dia e a habituação a viver no fingimento por medo da verdade que destrói.
por outro lado a vertente da ilusão artística ("o poeta é um fingidor", o reino da fantasia...
mt bonito e profundo.
o genero de txt q gosto em ti.
parabens.e obrigada.

Leonor disse...

ainda bem que não perdi o toque. Não perdi os poemas em mim. Espero que agora escrevas mais, espero pelas tuas palavras. :)

Expresso Oriente disse...

claro q n perdeste o toque!
lembrei-me de uma coisa q era p ter comentado. Tu gostaste do livro O RETRATO DE DORIAN GRAY??? Ando a lê-lo e confesso que me está ser muito custoso... Fui atraída pelo autor e pela sinopse que li da história. Confesso que já tinha o livro em casa há algum tempo e nunca lhe tinha pegado pois não sabia do que se tratava. Mas está a ser uma desilusão...

Leonor disse...

eu gostei muito sim. Não dos meus preferidos, mas confesso que gostei. Pode ser que para o final compense.

Soul, Heart, Mind disse...

Era exactamente o que vinha dizer.
Ontem li mais um capítulo no metro e comecei a perceber o sentido estético do romance. Continuo a não achar muita graça ao enredo mas começo a denotar a importância de cada palavra, o enfâse nas cores. Todo o romance parece (so far e de acordo com a tal sinopse que me entusiasmou) um hino à beleza. Nesse sentido, está, sim senhora.

E.O.

Leonor disse...

Há disso e muito mais. Paro o fim já não e tanto a beleza, mas mais não te digo

Anónimo disse...

boAAs ja tenho blog:P

http://aspalavrasqueficampordizer-luisa.blogspot.com/

força mulher;P pa já tem so o pior poema que fiz. tipo escrevi o no dia que fiz o blog e pa lol directamente neste.
é benhe! Lol
pa lem dos outros este poema k escreveste diz me muito
curti!
bjU
luisA