quinta-feira, 22 de maio de 2008
Bairro Alto Groove
Corpos flutuando
Qual água de cristal.
Foi lento, tudo muito lento...
Não havia perdão em nós.
Os tecidos roçagando
Os sapatos que deslizavam
Voltas e voltas sem retorno,
A intensidade consumida;
O adeus das despedidas.
Fui inocente ao relembrar
Tola por ainda acreditar
As memórias não chegam
E a devassidão já é velha;
Quero sorver de novo a juventude
Oh! Quão ingénua.
Julgava ter em mim
Aquele esplendor
Tomara-me por eterna.
Já não há perdão,
Nem tão pouco havia
Resta-me a luxúria,
Lembranças de espectáculo
Para a longevidade,
Até ao fim dos pensamentos
Sou bailarina de sangue,
Aclamada.
Vem até mim,
Uma última vez
Põe a tocar a roda dos tormentos
Dançar, talvez, até...
Não haver mais fôlego.
Deu-se à corda do gramaphone,
Hoje...
A noite canta.
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2 comentários:
Leonor,
Eu pessoalmente não gosto de despedidas, muito menos do adeus.
Bjs.
Bairro alto... ando a dever-lhe uma visita... de preferência a uma casa de fados.
Não li o poema. Venho apenas deixar 1 beijinho antes q a bateria do pc se vá e pedir desculpa pelo longo ausêncio mas andei super atarefada (you know why) e continuo sem net na casa "nova" (não é nova mas plo menos agora está limpinha... ufff...). Beijos e saudades
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