quinta-feira, 20 de março de 2008
Crónicas de vento
Dá-me água
E algum pão
Preenche-me de vida
Deixa-me falecer em ilusão
O chão é branco
Talvez cinzento
É bonito, agora que o vejo
Mas nada de grande emoção
Tive que sorrir
Era o trabalho
Recebi dinheiro
Ainda que vá morrer aqui
Sou uno com o elemento
Perfeito para meditar
Pequeno toque de inveja
Nada me dá alento
Morre - dizes tu
Falece de uma vez!
Sopra a vida e vai agora
Ponto final parágrafo
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3 comentários:
Gostei do "ponto final parágrafo", mudança de página. A vida não pára. Tudo continua.
Um texto que produz sensações antagónicas, como sempre gostei noutros vossos poemas.
Acho que compreendo melhor o meu ponto final parágrafo, como um fim definitivo. Isto já são interpretações cada um tem a sua. O ponto final, para mim encerra todos os capítulos que puderiam estar abertos.
Fica bem, abraço
Sim. Compreendo-o também nessa acepção. Porém, entendo-o igualmente como uma margem que se deixa para o início de um novo conto, outro livro, novas personagens. Até porque li este poema como uma luta entre o continuar e o abandono, tendo a indiferença e a apatia pelo meio destes.
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