segunda-feira, 24 de março de 2008


De pedra no sapato,
Andei
Corri
Cheirei
Ouvi

Electricidade no corpo
A estática que senti
Pelos corpos que passava
Os encontrões que não contava

Tinha um todo em mim
E eu num todo
Seja a cores ou a cinzento
A ressaca era tremenda

Olhei quem não me via,
Mais algumas cores
Os tais edificios sujos
Imóveis num papel para sempre

Quis gritar, estava rouca
Quis ver, mas havia nevoeiro
Quis correr, acabei por tropeçar

Sou cega, surda e muda
Tal como tu e o resto do mundo
De pouco me serve a medicação
Se a realidade não me ajuda

3 comentários:

Anónimo disse...

"Quis gritar, estava rouca
Quis ver, mas havida nevoeiro
Quis correr, acabei por tropeçar"

Algo aqui me reporta para o final do meu próprio texto - curioso...

Leonor disse...

Não sei qual texto te referes, ainda fui ao teu blog ver. Mas não encontrei. Não me acuses de perjúrio que eu postei este poema dia 24, mas escrevi-o dia 18 de março. Vou tentar outra vez encontrar o tal texto.

R disse...

Quando a realidade não ajuda, o melhor é inventá-la.