sábado, 22 de março de 2008

Für Elise


Pára!
Mais não
Não quero,
Não!

Estou cansada
Dói tanto;
O que tu me obrigas
Estou reduzida a este pranto!

Malvado ser sorridente!
A tua consciência pouco se importa
Só te preocupas em dar à corda!

Banal saltatriz dançante
De alma magoada
E perna quebrada

Toca e toca sem parar
Nem mais um minuto vou aguentar
Melodia (crack, crack)
Tenho uma perna para amputar

Chega-te perto,
Vamos dançar.

2 comentários:

Soul, Heart, Mind disse...

pelo título e pelo conteúdo, remeteu-me para aquelas caixinhas de música, com a bonequinha a dançar enquanto houvesse corda. É a revolta de uma boneca?

Leonor disse...

Sem tirar nem pôr é definitivamente uma caixa de música. Mas não diria tanto a revolta, mas o queixume desta sim. Mas a interpretação que se tira do poema, como já disse tantas vezes, cabe a cada um. Enquanto eu penso num contínuo queixume, tu pensas numa revolta