sexta-feira, 21 de março de 2008

A vodka era Russa


Estás a ver-me?
Não estás não
Consigo olhar?
Porque não?

Tenhos dois pés, amputados
Duas mãos, para o transfiguradas
E um peito deformado

Alegrias - doce vinho barato

Tenho alma, pudor
E um desejo a concretizar
Mendigo da cidade banal
Invisível homem a conspirar

Vou pegar fogo - a ti
Irei encontrar - a tua morada
Perseguir-te-ei até ao fim
E só por me teres visto a mim

Já vai longa a vida
E sou louco
Dá-me éther
Fica mais um pouco

Sem comentários: