quarta-feira, 19 de março de 2008
Conto de Fadas
Pequeno Gambuzino amarelo
Tinha um problema de luz
Nasceu terrivelmente enfermo
Não tinha corpo que lhe fizesse juz
Pobre chavalo sem asas
Era o que muitos o chamavam
Mais valia ser peixe e não nadar
Do que luzir sem voar
E nos seus 24 dias
Nenhum foi aproveitado
Seguiu-se um, dois e três
E o céu sentiu-se rejeitado
Não houve loucura
Nem tão pouco cópula insana
Era mais um aleijado,
Um pobre coitado
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4 comentários:
Bem... andamos tão tristes...
Gostei de todas as ilações que se podem tirar deste poema. Por exemplo, que os verdadeiros coitados são aqueles que não aproveitam a vida, que não buscam outras saídas possíveis, outros talentos, outras razões de sorrir (ups, às xs sou uma coitada...).
De resto... isto não é um conto de fadas! É um conto de terror... Mas gostei :)
A propósito Pierre... agora que revia o teu texto, estaquei sobre o "gambuzino" e recordei um episódio de alguns meses. Uns colegas de trabalho em conversa de café à hora de almoço tomaram-me como ingénua e gozaram comigo porque eu lhes disse que o meu irmão e primo costumavam ir à pesca de gambuzinos... é que além de ser imaginário o gambuzino é um peixe do rio bem real...
Bom acho que que tomei o meu gambuzino cmo imaginário. E de ser um peixe real, fui apanhado de surpresa. Sinceramente não sabia.
Eu sei, eu percebi isso. Até porque o teu gambuzino é amarelo e dá luz. Logo, era clara essa representação. A maioria das pessoas desconhece. Fui realmente gozada e tive de apresentar provas de que o peixe lá existe (mesmo assim nõ acreditaram em mim...).
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