quarta-feira, 26 de março de 2008
O hélio do ar
A noite vai lenta
E o dia demora a chegar
Em pequenos sopros arde a lareira
E a cor dos teus olhos desvanecem;
São curtos os movimentos do relógio
Sopra-se um cabelo do teu olhar
E pede-se um beijo,
Prece nunca atendida
Tens tal fogo nunca pensado.
Quis parar
Dizer que é cedo
Recordar para a eternidade
Perder este meu medo
Vou deitar o meu espírito
Pousar este desperdício
Tenho mil e uma febres
E nenhuma por acalmar
Tal tempo,
Que tanto tempo demora a passar
É o meu borrão
A mancha que me corta o ar
Mas com os sons nos tímpanos
E cristais por conta de olhos,
Dou-te a faca
Para finalmente tudo afugentares
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3 comentários:
Tenho-te lido mas estou num bloqueio de palavras. Já parece um dos teus textos, mas eu nem sussurro, as palavras saem mudas. O que não significa que não tenha gostado dos últimos textos ou que estes não tenham qualidade. Muito pelo contrário!
Mas para não dizer nada de jeito, preferi manter-me silenciada.
Parabéns, porém, pela qualidade! E pela intensidade de todos eles.
Beijito
E.O.
Tens que aparecer. Sair desse turpor.
Abraço
Leonor,
O tempo é sempre o barómetro para tudo na vida resolver... a bem ou a mal...
Bjs.
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